quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Tornado no Rio de Janeiro filmado a 50m em HD 19 01 2011

Projeto polêmico de volta

Senadora Marta Suplicy (PT-SP) conseguiu desarquivar proposta de lei que prevê a criminalização de preconceitos, entre eles as manifestações contra homossexuais

São Paulo - A senadora Marta Suplicy (PT-SP) desarquivou ontem o Projeto de Lei 122/2006, que criminaliza preconceitos como os de raça, religião e opção sexual. Agora, a proposta vai voltar a tramitar nas comissões do Senado Federal — depois, voltará a ser analisado pela Câmara dos Deputados. 

A petista já havia anunciado que iria tentar desarquivar o projeto há uma semana, quando tomou posse na 1ª vice-presidência do Senado. 

“O Legislativo não progrediu, se apequenou diante das demandas da sociedade civil”, criticou. 

A matéria prevê punições para diversas modalidades de preconceitos contra a comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e simpatizantes). Entre as medidas previstas no projeto, está a punição para quem “impedir ou restringir a expressão e a manifestação de afetividade em locais públicos ou privados abertos ao público” de casais do mesmo sexo, caso as manifestações sejam permitidas a quem seja heterossexual.

A proposta causa polêmica entre religiosos, que acreditam que, caso aprovada, ela limitará a livre manifestação em cultos. O principal argumento dos religiosos é que a manifestação contra o homossexualismo de pastores em cultos poderia ser considerada crime.

O senador Lindberg Farias (PT-RJ) afirma que é preciso chegar a um consenso e levanta a possibilidade de ajustes no texto: “Os líderes evangélicos estão preocupados com a liberdade de culto.”

Tema esquentou campanha

O projeto foi motivo de polêmica nas eleições presidenciais no ano passado. Em entrevista a O DIA, em outubro, o então candidato a vice na chapa de José Serra (PSDB), Indio da Costa (DEM), declarou que o tucano vetaria o projeto, caso fosse eleito. 

Depois da polêmica, Indio usou a Internet para tentar esclarecer que não era contra os direitos dos homossexuais ao se dizer contrário à proposta. 

Diante da pressão de religiosos, a então candidata Dilma Rousseff (PT) divulgou manifesto intitulado “Carta ao Povo de Deus”. No documento, ela prometeu não alimentar polêmica sobre temas como aborto e união civil de homossexuais e afirmou que esses debates deveriam ser feitos no Congresso.

Seis tendências do cristianismo nos Estados Unidos

EUA Bandeira 250x187 Seis tendências do cristianismo nos Estados Unidos  Há poucos dias o instituto Barna Group publicou o resumo das principais pesquisas realizadas pela instituição nos Estados Unidos durante o ano de 2010. O resultado revela que o ambiente religioso nos Estados Unidos está se transformando em algo novo e também perigoso. O estudo publicou seis tendências encontradas nas igrejas Americanas:


1. A Igreja Cristã está se tornando menos alfabetizada teologicamente

As pesquisas apontaram que o que costumavam ser verdades básicas e universalmente conhecidas sobre o cristianismo, são agora mistérios desconhecidos para uma grande e crescente parte de norte-americanos. Um exemplo disso é que, segundo os estudos, enquanto a maioria das pessoas considera a Páscoa como um feriado religioso, apenas uma minoria de adultos a associam com a ressurreição de Jesus Cristo.  Além disso, uma crescente maioria acredita que o Espírito Santo é um símbolo da presença de Deus ou do poder, mas não é uma entidade viva. A teologia livre para todos que está invadindo as igrejas protestantes em todo o país sugere que a próxima década será um momento de diversidade teológica incomparável e sem consistência.

2. Os cristãos estão se tornando mais isolados dos não-cristãos

Os cristãos estão cada vez mais espiritualmente isolados dos não-cristãos do que era há uma década. Exemplos dessa tendência incluem o fato de que menos de um terço dos cristãos tem convidado qualquer pessoa para se juntar a eles em um evento da igreja durante a época da Páscoa. Os adolescentes estão menos inclinados a discutir o cristianismo com seus amigos do que acontecia no passado.

3. Um número crescente de pessoas estão menos interessadas em princípios espirituais e desejosos de aprender mais soluções pragmáticas para a vida.

Quando perguntado o que mais importa, os adolescentes norte-americanos disseram priorizar a educação, carreira, amizades e viagens. A fé é importante para eles, mas é preciso primeiro um conjunto de realizações de vida. Entre os adultos, as áreas de importância crescente são o conforto, estilo de vida, sucesso e realizações pessoais. Essas dimensões têm aumentado à custa do investimento em fé e família. O ritmo corrido da sociedade deixa as pessoas com pouco tempo para reflexão. O pensamento profundo que ocorre normalmente refere-se a interesses econômicos. As práticas espirituais como a contemplação, solidão, silêncio e simplicidade são raras. (É irônico que os mais de quatro em cada cinco adultos dizem viver uma vida simples.)

4. Entre os cristãos, o interesse em participar da ação da comunidade é cada vez maior

Os cristãos estão mais abertos e mais envolvidos em atividades de serviço comunitário do que no passado recente. No entanto, conforme alerta a matéria, apesar dessa tendência, as igrejas correm o risco desse engajamento diminuir, a menos que abracem uma base espiritual muito forte para tal serviço, e não por estímulo momentâneo.

5. A insistência pós-moderna de tolerância é de conquistar a Igreja Cristã

O analfabetismo bíblico e a falta de confiança espiritual fez com que os americanos evitassem  escolhas baseadas  na exigências bíblicas, com medo de serem rotulados de julgadores (ou preconceituosos). O resultado é uma Igreja que se tornou tolerante com uma vasta gama de comportamentos moralmente e espiritualmente duvidosos. A idéia de amor foi redefinido para significar a ausência de conflito e confronto, como se não existem absolutos morais que vale a pena lutar. Isso não pode ser surpreendente em uma Igreja na qual uma minoria acredita que existe uma moral absoluta ditada pelas escrituras.

6. A influência do cristianismo na cultura e na vida individual é praticamente invisível

O cristianismo é sem dúvida a cosmovisão  que mais influenciou a cultura americana do que qualquer outra religião, filosofia ou ideologia. No entanto, isso não tem corrido nos últimos tempos.


terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

“Evangelho” para boi dormir




Por Clóvis Cabalau

A coisa está feia, irmãos. Não foi à toa que Deus nos advertiu, desde tempos idos, sobre o perigo da falta de conhecimento (Os 4:6). Quando estamos recém-convertidos, somos tal esponjas em poça d’água, absorvemos tudo, sem a devida noção de certo e errado, ávidos pelo novo de Deus. Mas, aqueles que prosseguem na caminhada, os mais atentos e questionadores, logo descobrem que nem tudo o que se ouve por aí tem fundamento bíblico - ou qualquer fundamento.

Veja bem: quero excluir desse comentário as clássicas quizilas teológicas entre arminianos e calvinistas, ou mesmo velhas pendengas doutrinárias entre assembleianos e presbiterianos, pentecostais e batistas tradicionais, as quais, via de regra, pairam no universo da hermenêutica, mas com seus respectivos amparos nas Escrituras Sagradas. Quero centrar fogo aqui nas invencionices que se vê por aí, fruto da “criatividade” ou da imaginação (in)fértil de certos pregadores. Chamo-as de “evangelho” para boi dormir, para enganar trouxa e desviar a atenção do Caminho.

Nessa seara, vemos os mais escabrosos absurdos, desde rosa ungida, “água benta” gospel, óleo santo do Monte das Oliveiras... entre outros amuletos, que em pouco se diferem de objetos místicos como pé de coelho, figa, trevo de quatro folhas ou cristais. Inventar talismãs milagrosos é contribuir com a formação de crentes supersticiosos, místicos, adestrados à idolatria de objetos e de falsos profetas.

Cito ainda pregações acerca de revelações miraculosas, no estilo toma-la-dá-cá, que garantem “bênção extra” àqueles que ofertarem altas quantias, sempre ao comando do “profeta” (estilo Mike Murdock, Morris Cerullo e Cia.).

Há ainda um perigo velado, alheio aos menos observadores e perfeito aos recebedores de bênçãos. Trata-se da prática de se pregar palavras ou idéias que não estão na Bíblia como se estivessem. Um exemplozinho clássico: “A Bíblia diz que o cair é do homem o levantar é de Deus”. Frases como essas são até “aceitáveis” dentro de um contexto ilustrativo, mas jamais precedida da afirmação “a Bíblia diz”, porque não diz. O que a Bíblia diz é: “(...)se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro” (Ap 22:18). E ainda: “Não acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos do Senhor vosso Deus, que eu vos mando (Dt: 4:2).

Sei que essa conversa não é nova. Aliás, o assunto é recorrente entre apologistas e estudiosos cristãos (recomenda-se “Erros que os Pastores devem evitar”, de Ciro Zibordi). Mas, volta e meia, vale lembrar o compromisso que se deve ter com o bom ensino da Palavra, com a doutrina apostólica, com o evangelho genuíno. Dizer que a Bíblia diz o que ela não diz é enganar os ouvintes, é dar mau testemunho, sem falar no risco de o pregador parecer pouco conhecedor das Escrituras.

Como igreja, temos um papel crucial na formação de cristãos firmados na verdade de Cristo, na solidez do aprendizado constante da Palavra (Os 6:3). Nessa missão, inclua-se a postura de não se omitir acerca do evangelho da cruz, do arrependimento, o que se difere radicalmente do “evangelho” açucarado de alguns líderes, preocupados em garantir números e numerários pomposos a suas igrejas. Fico pensando se certos pastores (ou apóstolos, bispos, etc), com suas aeronaves, carros importados, gordas contas bancárias e seus milhões de seguidores, conseguirão passar pela porta estreita (Mt 7:13) com tanta gordura “santa” a queimar. Enfim, cada qual sabe a missão que tem. É ou não é?



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Clóvis Cabalau é desenhista, pastor, jornalista e faz apologia do cristianismo no Púlpito Cristão

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

John Piper - Por que eu abomino o evangelho da prosperidade?